Homenagem a Manoel Tosta Berlinck

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Texto de Plínio Prado

Manoel Tosta Berlinck nos deixou no dia 21 de junho último, aos 79 anos.
Sociólogo, psicanalista, editor da Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, o seu desaparecimento suscitou inúmeros necrológios e homenagens, a começar pelos dos colegas e amigos da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental (AUPPF), assim como os das instituições nas quais ele atuou (Unicamp, PUC-SP, FGV…). Esses testemunhos encontram-se disponíveis na Internet.
Face à sua partida irreparável e a tristeza profunda na qual ela nos deixa, a presente edição de sua Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental não poderia deixar de ser, em sua homenagem, uma edição especial.

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Texto Silvia Leonor Alonso

Homenagem a Manoel Berlinck

Silvia Leonor Alonso

                O que dizer perante a morte de um colega amigo? Perante o “doloroso mistério da morte” – expressão de Freud -, não há palavras a dizer dela, ao mesmo tempo que é fundamental que a linguagem se faça presente, já que sem esta não existe possibilidade de luto. Mas se não há o que dizer do “mistério doloroso da morte”, há o que falar dos vividos juntos, das lembranças, dos compartilhados, como forma de se despedir.

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 Texto de Sérgio de Gouvêa Franco

Quero começar com uma pergunta: por que mesmo estamos fazendo uma homenagem a Manoel Tosta Berlinck? Há razões pessoais. Mas há razões mais importantes. Precisamos pensar… Manoel era um intelectual importante. Talvez estejamos fazendo este encontro, porque quando o pensamento estagnou e ficou sem ter para onde ir, podemos olhar para sua vida e para sua obra em busca de inspiração. Trabalhou com rigor científico. Não muitos colocaram a psicanálise na pauta do dia assim, mostrando, com reflexão, as conexões com a psiquiatria, com a filosofia, com as ciências sociais, com a literatura. Em um tempo em que se esvazia o lugar da autoridade em toda parte, creio que se pode dizer que ele ocupava o lugar.

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Texto de Ana Cristina Magtaz

Laboratório de psicopatologia Fundamental 1995-2016

101 Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado defendidas

 Manoel se dedicou a pensar as resistências, as dificuldades que nós, psicanalistas, enfrentamos na produção de uma experiência a respeito do fenômeno humano que se refere ao psicopatológico. Nos ajudou a pensar em uma psicopatologia “alta costura”, sob medida e não pret-a-porter, com aplicações teóricas sobre a clínica.

Para homenageá-lo, optei por trazer aqui suas palavras para deixar presente as ideias mais importantes sobre o que tanto defendeu no LPF-PUC-SP.

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Texto de José Waldemar Thiesen Turna

Elogio ao Mestre

José Waldemar Thiesen Turna

Agradeço a oportunidade de estarmos hoje aqui reunidos, colegas queridos, familiares, alunos e conhecidos do Prof. Manoel Tosta Berlinck.

No tempo proposto não irei comentar sobre o “amigo”, sobre o “amor de amizade” que se construiu entre nós ao longo de muitos anos, um laço do qual sofro a falta e que sem dúvida mereceria outro ensaio.

Para esta Homenagem, preferi escolher outro tema que nos fica como legado de seu trabalho e que foi desde este lugar que inicialmente me aproximei, o lugar do “Mestre”.

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