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Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, volume 5, número 2, junho de 2002 SUMÁRIO / CONTENTS
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1. O conceito de alucinação em Merleau-Ponty: aspectos clínicos e psicopatológicosÉrico Bruno Viana Campos e Nelson Ernesto Coelho Jr. O artigo propõe-se a discutir o conceito de alucinação nos campos psicoterápico e psicopatológico a partir das considerações do fenomenólogo francês Maurice Merleau-Ponty sobre a percepção. Faz-se uma revisão crítica das concepções clássicas de alucinação fundamentadas em epistemologias objetivistas e a contextualização do fenômeno alucinatório no âmbito de uma ontologia existencial. A alucinação funda-se no solo primordial de experiência pré-reflexiva do corpo fenomenal e é caracterizada por: (1) diferenciação intrínseca da alucinação em relação à percepção; (2) expressão do corpo próprio; (3) despersonalização. As implicações dessa nova perspectiva do fenômeno alucinatório são discutidas nos níveis ontológico, ético e epistemológico, bem como sob o ponto de vista da psicoterapia e da psicopatologia. Nesse último aspecto considera-se o lugar da alucinação em relação ao sonho, ao delírio e à ilusão, bem como a diferenciação entre normalidade e patologia a partir de uma abordagem fenomenológico-existencial em psicologia.Palavras-chave: Alucinação, corpo fenomenal, temporalidade, fenomenologia, psicopatologia
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2. A clínica institucional com toxicômanos: uma perspectiva psicanalíticaMarta Conte Este artigo aborda o tema da clínica institucional com toxicômanos, referenciada na orientação psicanalítica. Apresenta um dispositivo de leitura e intervenção utilizado no processo de tratamento de tal forma que respeita um tempo subjetivo e lógico, viabilizando as condições para um sujeito desejar. Aponta para a potencialidade deste recurso tanto na abordagem individual quanto na institucional, tornando evidente seu alcance terapêutico e indicando a possibilidade de associar estas duas abordagens. Os quadros toxicomaníacos foram considerados como “operações de farmakon” e não estruturas clínicas, auxiliando, assim, a esclarecer a situação psicopatológica do paciente e a intervir clinicamente nas toxicomanias graves e naquelas menos graves. Palavras-chave: Toxicomanias, psicanálise, clínica institucional, sintoma social, drogas
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3. Desejo, remédio contra a angústiaSandra Paes Barreto Edler A partir de recortes de um caso clínico e de um estudo preliminar sobre a angústia é nossa proposta neste trabalho discutir a idéia de Lacan (1962) acerca da constituição do desejo pelo ultrapassamento da angústia. Além disso, pretendemos analisar o desamparo na cultura como um dos fatores precipitantes de (novas?) manifestações de angústia que observamos na clínica psicanalítica.Palavras-chave: Angústia, desejo, gozo, desamparo, processo analítico
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4. M de Mãe e de Morte: dúvidas de amor, certeza da morteFátima Regina Florido César de Alencastro Graça O presente artigo relata a história de um atendimento (com encontros e desencontros) a uma paciente chamada Clara, com intensas dores relacionadas ao câncer do qual era portadora e aos fantasmas que vinha “arrastando desde a infância”.A interrogação sobre a técnica como modo “necessário e justo” de se aproximar do sofrimento e promover mudança atravessa todo o texto.Palavras-chave: Depressão materna, narcisismo de morte, transferência, técnica
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5. Sobre a noção de “ironia romântica” e sua presença na escrita de FreudInes Loureiro O artigo apresenta a noção de ironia romântica e indica alguns sinais de sua presença na escrita de Freud. A ironia romântica diz respeito a uma atitude perante a existência, a um modo específico de lidar com os limites da linguagem e da representação. Em Freud, estão ausentes as ambições totalizantes que justificam o caráter romântico da ironia. Porém, em seus confrontos com o texto, nota-se o movimento pendular característico da ironia romântica. Palavras-chave: Ironia romântica, Romantismo, escrita de Freud
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6. La “fabrique” de la présomption pour la prise de risque psychologiqueJosé Luis Moragués Articulando referenciais fenomenológicos e psicanalíticos o autor evidencia, no plano teórico e prático, de que maneira o psicodrama existencial é um instrumento determinante para “fabricar” conjeturas, suposições. A presunção é, com efeito, o movimento fundador de uma possível re-elaboração psíquica para toda pessoa obrigada a transformar sua relação com o mundo, consigo mesma e com os outros. O estudo apóia-se em uma pesquisa-ação realizada com pessoas soropositivas em estado de abandono e exclusão social. Uma primeira constatação introdutória revela que o prognóstico letal da doença por HIV provoca a explosão da trama temporal do eu. O valor operatório do psicodrama existencial para “fabricar” conjeturas, hipóteses é apresentado a partir de um exemplo clínico que inclui a descrição das mudanças que testemunham a transcendência da doença e as novas formas do risco psicológico.Palavras-chave: Psicodrama existencial, presunção, risco psicológico, HIV
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7. El mimetismo como mecanismo psicótico de autoconservación em el niñoMaría Teresa Padilla Velásquez e Adriana Gonzáles Padilla Este artigo descreve a solução, diante de um conflito identificatório por meio da mimetização como mecanismo psicótico de sobrevivência. A criança psicótica apresenta alterações contínuas, e uma das formas de alteração que foi observada é o fenômeno do mimetismo, termo oriundo da zoologia. No psicológico, o termo mimetismo é usado para indicar como a criança psicótica pode recorrer a ele, tanto na conduta como em atitudes identificatórias com seus objetos próximos. É apresentado um caso de uma paciente psicótica de 10 anos, na qual se observa como utiliza o mimetismo como um mecanismo psicótico de autoconservação. É observado, no caso, que a paciente obtém proteção mimetizando-se através de atuações identificatórias com seus objetos próximos. O mimetismo pode ser considerado um aspecto difícil de predizer, em virtude das constantes flutuações das identificações, embora e paradoxalmente seja um aspecto que pode ser previsto nas análises de crianças, uma vez que diante do medo à aniquilação, se mimetizam.Palavras-chave: Mimetismo, conflito identificatório, análise de crianças
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Observando a medicina Erney Plessmann de Camargo e Mônica TeixeiraSobre placebo e efeito placebo
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Clássicos da Psicopatologia Mário Eduardo Costa PereiraHenry Maudsley e a tradição psicopatológica inglesa
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