Revistas > Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental > Volumes > Volume 1, Número 4, dezembro de 1998

Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, volume 1, número 4, dezembro de 1998

SUMÁRIO / CONTENTS
Frente
Verso 

Editorial

A Psicopatologia Fundamental, termo empregado pela primeira vez pelo Professor Doutor Pierre Fedida da Universite Paris 7 – Denis Diderot, visando distinguir uma area de pesquisa sobre o sofrimento psfquico, da Psicopatologia Geral que e um campo da psiquiatria, encontra o devido reconhecimento no meio universitario brasileiro.

 √ Artigo completo

Artigos

Formulando uma Psicopatologia Fundamental, justificando-a e ilustrando-a a partir da psicanálise da adolescência de Dora

Victor Eduardo Silva Bento

Trata-se de uma revisão da literatura em busca de fundamentos para uma “Psicopatologia Fundamental”. Examinamos o Relatório de Atividades do primeiro Laboratório de Psicopatologia Fundamental brasileiro – situado na PUC-SP -, durante os dois primeiros anos de sua existência (1995-96). Em seguida, procuramos relacionar nossos achados com três pressupostos freudianos de uma Psicopatologia Fundamental extraídos da análise do caso Dora. Finalmente, concluímos dando destaque à noção de “neurose de transferência” como principal fundamento freudiano para uma “´Psicopatologia Fundamental”.

 √ Artigo completo

Temporalidade da esquizofrenia. Contraste entre a temporalidade da esquizofrenia e das psicoses delirantes não-esquizofrênicas

Kimura Bin

O esforço para definir estritamente o conceito de “esquizofrenia” é um dos temas mais atuais da psiquiatria contemporânea e ocupa também um lugar central nas pesquisas psicopatológicas do autor. Nos estudos sobre o lugar do outro no delírio, o autor tenta considerar, particularmente do ponto de vista “quase espacial” ou topológico, o modo de aparição do outro no campo da experiência delirante do esquizofrênico e dos delirantes não-esquizofrênicos.

 √ Artigo completo

Possibilidades da clínica psicanalítica no tratamento com psicóticos

Joyce M. Gonçalves Freire

Neste artigo, a autora dá continuidade à pesquisa sobre a psicose que, num momento anterior, versou sobre a concepção freudiana da mesma e a impossibilidade da clínica psicanalítica alcançar com sucesso os casos de psicose, a despeito de sua teoria bem fundamentada. Aqui, a discussão volta-se para os avanços teóricos e clínicos que vieram delimitar a possibilidade da clínica psicanalítica da psicose.

São resgatadas as conceituações clínicas de M. Klein e J. Lacan, psicanalistas de veios tão distintos, mas em determinados pontos tão próximos: em ambos, há uma antecipação edípica para momentos muito precoces do psiquismo infantil, cuja relevância é fundamental para a clínica contemporânea da psicose.

 √ Artigo completo

Da necessidade de se refletir sobre os rumos tomados por uma psicanálise que se diz winnicottiana

Fátima Florido Cesar de Alecastro Graça

O pensamento de Winnicott, e de seus seguidores, muito nos auxilia a lidar com importantes questões da clínica contemporânea, especialmente aquelas relacionadas aos chamados “casos difíceis” (casos-limite ou patologias borderline).

Entretanto, na atualidade, assistimos a uma “ideologização” da teoria winnicotiana: uma eliminação de seu potencial de metáfora e transformação a partir de um sentimentalização excessiva aliada à substituição do pensamento por dogmas e clichês.

Nesse artigo, pretende-se refletir sobre os rumos tomados por tal psicanálise (que se diz winnicottiana). Além de alguns textos, inclusive do próprio Winnicott, um trabalho de Fedida intitulado Crise e contratransferência nos auxiliará neste propósito.

 √ Artigo completo

É possível uma Psicopatologia Fundamental na infância?

Maria Cristina Kupfer

O presente artigo examina a possibilidade de inaugurar uma Psicopatologia Fundamental da Infância a partir dos eixos propostos por Costa Pereira e por Berlinck para a constituição de uma nova disciplina, a Psicopatologia Fundamental. Examina-se a história da Psicopatologia na infância, a questão da demanda na análise com crianças e a necessidade de haver, em um trabalho interdisciplinar, a prevalência de uma disciplina sobre as outras.

 √ Artigo completo

Os “amores” na clínica: uma investigação psicanalítica

Aluísio Pereira de Menezes

O trabalho procura pôr em questão certas dificuldades contidas no uso não-refletido do termo “amor” em psicanálise. Partindo da identificação de semânticas que caracterizam os significados da palavra “amor”, pergunta-se: “São estes significados que compõem e norteiam as coordenadas do entendimento psicanalítico?”. O que se procura mostrar é como a aceitação da hipótese de inconsciente determinaria o eixo semântico e conceitual com que se aborda tudo o que se designa como “amor”.

De forma bem sintética, o autor examina que fatores caracterizariam o determinismo do amar e dos amores. Traça um quadro onde é possível situar como o pensamento psicanalítico entende a origem de muitos sofrimentos deles decorrentes. Retoma e reconsidera a enorme importância de conceber-se o encontro de “amor”. Desse modo, o trabalho é um roteiro articulado para que se perceba: 1) a necessidade de repensar as implicações do sentido das transferências e dos amores na clínica psicanalítica; 2) a natureza dos fenômenos amatórios em função de aceitar-se a hipótese de uma inconsciente. A pergunta que ficaria no ar pode ser formulada assim: “Em que medida todos os amores se comportariam tal como previsto pelas metapsicologias mais dominantes no campo psicanalítico?”.

 √ Artigo completo

Os caminhos de uma Psicopatologia Fundamental

Ney Branco de Miranda

A concepção da psicanálise como uma disciplina que estuda as origens e os marcos da experiência humana dividida, a partir da qual se forma um resto inconsciente não negativizado, implica a constituição de uma psicopatologia psicanalítica fundamental aberta a todo campo dos fenômenos em que o andamento da experiência tenha sido obstaculizado em razão da própria lógica emocional da interação. Disto decorre a revalorização da psicopatologia da vida de todo o dia que propomos.

 √ Artigo completo

El acompañamiento terapéutico: una intervención dentro de la clínica psicoanalítica de las psicosis

Alberto Montoya Hernandez

El abordaje clínico esta determinado por la gravedad del paciente; de esta forma tenemos pacientes con los cuales se puede trabajar mediante un psicoanálisis tradicional, en otros casos implica el trabajar en colaboración con un medico psiquiatra y un psicoanalista, donde el medicamento pone en condiciones de análisis al paciente. En casos mas graves, se incluye al acompañante terapéutico, buscando la reconstitución del lazo social cuando el paciente se aísla ya que el medio ambiente se le ha vuelto demasiado hostil. El hospital será otro recurso donde también le permitirá al paciente recuperarse de una situación aguda donde no basta solo el psicoanálisis ni la medicación en muchos casos. Una intervención múltiple y una discusión de caso por caso en un trabajo en equipo es la propuesta terapéutica.

 √ Artigo completo

Algunas contribuciones al debate sobre la clínica de las psicosis

Juan Manuel Rodríguez

La clínica de las psicosis plantea la necesidad de establecer una modalidad de tratamiento diferente al tratamiento de las neurosis. Esta practica implica un trabajo multidisciplinario cercano y frecuente en donde se establecen algunas coordenadas fundamentales en el devenir del tratamiento. Asimismo, en el interior del grupo de trabajo se presentan algunos fenómenos similares a la dinámica propia del paciente psicotico, por ello se hace necesario considerar la locura del grupo como un factor dinámico del tratamiento. En este sentido es fundamental partir de la singularidad del paciente para desarrollar el modelo único en cada caso, en el cual la intervención es un elemento que pretende sostener aquello que falla en la dimensión delirante del paciente.

 √ Artigo completo

Clássicos da Psicopatologia

ARTIGO:
A dor de não poder morrer, sobre o “delírio das negações”, de Jules Cotar

Victor Eduardo Silva Bento

√ Artigo completo

ENSAIO:
Do delírio do hipodondríaco em uma forma grave da melancolia – 1880

Jules Cotard

√ Artigo completo 

Do delírio das negações – 1882

Jules Cotard

√ Artigo completo

Resenha de Livros

A prova pela fala

Denise Tele Freire Campos

A prova pela fala. Sobre a causalidade em psicanálise

Roland Gori

São Paulo: Escuta, 1998.

√ Artigo completo

Navegações psicanalíticas pela psicossomática

Milton Lopes de Souza

Psicossoma II. Psicossomático psicanalítica

Rubens Marcelo Volich, Flávio Carvalho Ferraz, Maria Auxiliadora de A. C. Arantes (orgs.)

São Paulo: Casa do psicólogo, 1998.

 √ Artigo completo

Resenha de Artigos

Estudos sobre o DNA desafiam o significado de raça

Mario Eduardo Costa Pereira

DNA studies challange the meaning of race
E. Marshall
Science

23 oct 1998, v. 282, p. 654-655

  √ Artigo completo

Francisco Varela rejeita a concepção cibernética do cerébro

Mario Eduardo Costa Pereira

Francisco Varela: Le cerveau n’est pas un ordinateur
Francisco Varela
La Recherche

308, avril 1998, p. 109-113

 

 √ Artigo completo

Atualização sobre os métodos de pesquisa em psiquiatria

Mario Eduardo Costa Pereira

International Jorunal of Psycho-Analysis

November 1998, v. 10, n. 4

   √ Artigo completo

A psicologia do Self desde Kohut

Mario Eduardo Costa Pereira

Self psychology since Kohut
A. Goldenberg
Psychoanalitic Quarterly

1998, LXVII, p. 240-255

   √ Artigo completo